A Cellco, uma empresa Spin off do CIBFar que foi apoiada pelo projeto PIPE-FAPESP criou processo inédito para produzir DNA “in vitro” no Brasil. A enzima chamada DNA polimerase é largamente utilizada em técnicas para manipulação do DNA “in vitro” como clonagem, mutagênese, sequenciamento de ácidos nucleicos, entre outras.
A bióloga Maria Amélia Dotta, fez doutorado no IFSC/USP em Ciências Físicas e Biomoleculares e trabalhou na indústria Farmacêutica EMS S/A por 3 anos. A percepção de que era necessário desenvolver produtos nacionais de alta qualidade, para serem utilizados na área de biologia molecular, levou um grupo de jovens cientistas, em 2014, a fundarem a Cellco Biotec do Brasil LTDA, hoje Dotta ocupa o cargo de Diretora Executiva da empresa.
A física e pesquisadora da Cellco Amanda Bernardes Muniz, que se juntou ao time Cellco em 2016, foi responsável por desenvolver um produto de vital importância para a manipulação do DNA “in vitro”, a enzima DNA polimerase. Esta enzima é muito utilizada em clonagem, sequenciamento e mutagêneses, entre outras técnicas, com aplicações em diagnósticos médicos, análises forenses, dentre outros, com base em material genético.
Antes, a própria empresa (e laboratórios de pesquisa, bem como outras empresas de base biotecnológicas), dependia da importação desta enzima e das variações de preços, devido flutuações constantes do dólar, prazos de entrega, que causam problemas para o desenvolvimento de projetos, quer das empresas ou das pesquisas em universidades e outras instituições.
A bióloga e a física, que se conheciam desde o doutorado, onde ambas desenvolveram pesquisas sobre proteínas recombinantes, submeteram um projeto PIPE-FAPESP, onde empregavam seus conhecimentos em engenharia genética no processo de produção da DNA polimerase da bactéria Thermus aquaticus (Taq DNA polimerase). O projeto permitiu a obtenção de propriedades melhoradas da enzima, que é especificamente uma das mais utilizadas, com crescente aplicação nas áreas de genotipagem e diagnóstico. Desde 2018, o produto já estava sendo utilizado no mercado por indústrias e pesquisadores da área, pois obtiveram uma enzima mais rápida (no processo de polimerização) do que outras existentes no mercado.
A Cellco utilizou como guia, dos processos de controle de qualidade, um protocolo de sua parceira alemã, a Jena Bioscience, que passou a comprar o produto brasileiro desde 2018. Assim a Cellco passou a exportar sua enzima para a Alemanha e se tornou o principal fornecedor da parceira Jena Bioscience, que foi fundada em 1998 e produz e fornece reagentes para laboratórios de pesquisa e indústrias farmacêuticas de vários países.
A Cellco desenvolveu, desde sua fundação, uma série de produtos que já estão consolidados no mercado nacional e internacional, com o apoio do CIBFar e FAPESP.
É o CIBFar, com apoio da FAPESP, formando jovens pesquisadores/empreendedores e contribuindo para o desenvolvimento de nosso país.
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